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Modo de fazer queijo artesanal de Alagoa é passado de geração em geração

Após aprender o ofício com o pai, produtor também deixa ensinamentos de herança para os filhos

29/10/2025 às 13h13
Por: Bárbara Silva Fonte: Secom Minas Gerais
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Modo de fazer queijo artesanal de Alagoa é passado de geração em geração

É na calmaria das Terras Altas da Mantiqueira, há mais de mil metros de altitude, em Alagoa, no Sul de Minas, que o produtor Jayr Martins de Barros vive sossegado e produz uma iguaria cobiçada: o famoso Queijo de Alagoa, que já conquistou paladares mundo afora. Para ele, o dia começa bem cedo: às 5h da manhã faz a ordenha, e até as 8h,  o queijo já está enformado, no seu descanso necessário. A arte queijeira é legado de família. Desde de pequeno frequentava a queijaria do pai e assim foi aprendendo o ofício. “Saía da escola e ia para o laticínio, tombar queijo, ajudar, né?”, recorda.

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Na Fazenda Serra do Condado, a produção é toda artesanal. E assim, pacientemente e sempre contando uma boa história, ele mexe até cozinhar a massa, para chegar no ponto perfeito, que observa amassando um pouco nas mãos. “Tá de primeira qualidade”, atesta.

De geração em geração

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Todo esse saber, aprendido desde a infância, o senhor Jayr segue passando de geração em geração. Tatiane Barros Siqueira, sua filha, também é produtora de queijo artesanal, em Aiuruoca. Orgulhosa do pai e do legado que carrega, sempre que pode, está em Alagoa. “Juntos somos mais. Siqueira Barros, que é a minha marca de queijo, de um lado e Serra do Condado do outro. E eu só tenho a agradecer, por tudo”, se emociona.

O outro filho de Jayr, Flávio Barros, é mais calado e reservado, mas é o braço direito do pai. Enquanto Jayr coloca a mão na massa, literalmente, ele cuida das vacas, afinal, não tem queijo bom sem leite de qualidade.

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Jayr não esconde seus segredos, já foi professor de muitos queijeiros bons por aí. “O que a gente tem, a gente passa para os outros”, é sua filosofia. A fazenda recebe muitos visitantes, para aprender ou apenas para apreciar a beleza do lugar e, claro, os queijos.

No caderno de registros tem a assinatura de pessoas de várias regiões do país e até do exterior. “Aqui já teve gente de Cuba, Piauí, Brasília, Mato Grosso, Goiás. Inclusive, uma moça queria me levar pra Pernambuco, pra eu ensinar a fazer queijo. Mas falei que não podia. Uma, que eu tenho medo de avião. Outra, ter que largar a família”, comenta.

Assistência técnica

Para chegar nesse patamar de excelência e reconhecimento do seu trabalho, o queijeiro contou com o apoio da Emater-MG.  “A Emater ajuda muito, dá apoio em tudo”, diz.

A empresa pública orienta o produtor desde o cuidado com os animais, boas práticas de fabricação, até a abertura de mais e novos mercados. Com todo esse suporte, seu queijo ganhou premiações, conquistou paladares Brasil e mundo afora.

Mas é nessa simplicidade, das Terras Altas da Mantiqueira, em Alagoa, que ele encontra a felicidade. “Aqui tudo é bom, os vizinhos todos bons, água boa, leite bom, família boa, tudo trabalhador. A gente vive feliz. Acho que a gente aqui tá quase no céu".

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