
São Paulo — A pressão sobre o ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT), após a crise provocada pelas fraudes de descontos de aposentadorias no INSS foi exposta na entrevista do ministro do Trabalho, Luiz Marinho (PT), antes do ato do Dia do Trabalhador, na praça do Campo de Bagatelle, na zona norte da capital paulista.
“A continuidade do ministro vai muitas vezes de uma avaliação política e não se ele tem culpa ou não. E vai também do próprio ministro avaliar se tem condições de dar resposta. É uma decisão política”, afirmou Marinho.
Petistas próximos a Lula dizem que a reação do ministro foi considerada insuficiente no Palácio do Planalto, o que hoje pesa contra Lupi. Uma demonstração da perda de influência do ministro é o fato dele não ter apontado um substituto para Alexandre Stefanutto, ex-presidente do INSS, demitido após a Operação Sem Desconto, da Polícia Federal (PF).
O novo presidente do Instituto, Gilberto Waller Júnior, foi nomeado na quarta-feira (30) por Lula e a indicação partiu de Jorge Messias, ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU).
Mín. 13° Máx. 26°
