Em meio à pressão dos preços dos alimentos, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, tem outra reunião no Ministério da Fazenda nesta quinta-feira (30/1) para buscar medidas a fim de baratear os alimentos. Entre elas está o fortalecimento do novo Plano Safra.
Governo avalia baixar juros de alimentos no Plano Safra, diz ministro
A reunião desta quinta ocorre um dia após Fávaro se reunir com o titular da Fazenda, Fernando Haddad. Desta vez, o ministro da Agricultura trata com técnicos da equipe econômica.
Os auxiliares do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) debaterão ações para mitigar, ou até reverter, a alta nos preços dos alimentos. O ministro da Agricultura reforçou que o governo federal não adotará medidas “heterodoxas” e descartou qualquer tipo de “pirotecnia”.
“As medidas serão naturais, não terão medidas heterodoxas. Não dá, não é isso que vai acontecer. O presidente [Lula] fala toda hora: ‘Não vai ter fiscal do Lula. Não vai ter congelamento de preços’. Então, assim, são medidas pontuais”, antecipou Fávaro na quarta-feira (29/1).
O objetivo do encontro entre ministros e o presidente da Conab no Ministério da Fazenda, de acordo com Fávaro, é continuar buscando soluções para frear a alta dos alimentos, “sem nenhuma medida heterodoxa e nenhuma pirotecnia”.
“São medidas passo a passo, sem nenhum tipo de surpresa, sem nenhuma pirotecnia. Vamos estar buscando essa estabilidade [dos preços]”, completou o titular da pasta da Agricultura.
Nessa quarta-feira (29/1), Carlos Fávaro disse que o governo Lula (PT) avalia aplicar juros mais baixos em determinados produtos no âmbito do Plano Safra 2025/2026. Ele discutiu o assunto em reunião com o ministro Fernando Haddad também na quarta.
A ideia, ainda segundo ele, é dar mais estímulo para o produtor produzir mais. “Isso ajuda a conter a inflação”, argumentou.
Em uma declaração recente, Haddad afirmou que a queda do dólar deverá ter “efeito imediato” sobre o preço dos alimentos, além de indicar que a perspectiva do setor agropecuário para 2025 é de uma grande safra.
Para Fávaro, “o dólar caindo tira o calor sobre os preços dos alimentos”. “Uma supersafra que se avizinha e com isso vai ter fartura no campo, os preços devem ceder mais um pouco, um novo Plano Safra que estimule a produção”.
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