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Portanto, cerca de 2 mil alunos devem ser impactados com a medida, segundo levantamento inicial do secretário de Esportes, Paulo Alberti Filho. Ainda não se sabe como e quando as aulas serão retomadas.
O prefeito Edmir Chedid falou sobre este rompimento com a ADES durante coletiva de imprensa realizada na Prefeitura de Bragança Paulista, na manhã desta quarta-feira (5), afirmando que estava feliz com o rompimento. Durante a coletiva, aliás, questionado pelo Em Pauta, o prefeito revelou que, até o final do ano, se não fizer cortes de gastos, a Prefeitura terá um déficit de aproximadamente R$ 110 milhões.
“O rompimento do contrato com a ADES foi muito importante. Fiquei muito, muito, muito feliz pelo rompimento deste contrato. É um contrato, ao meu ver, oneroso para a Prefeitura. Um contrato de R$ 470 mil mensais. Muita coisa a gente gastava pelo que eles faziam”, disse inicialmente Edmir Chedid.
A Prefeitura assinou o contrato com a ADES em agosto de 2022. Na época, o então prefeito Amauri Sodré ressaltou que “essa ideia surgiu com o prefeito Jesus (…) no intuito de alavancar cada vez mais o esporte em Bragança Paulista”.
Já o então secretário de Esportes, Jota Malon, que atualmente é líder do prefeito Edmir Chedid na Câmara Municipal, justificou a contratação na época: “Vimos a necessidade de criar uma situação que não cause impacto na folha de pagamento da Prefeitura e que tenha uma contratação legal de mão de obra e projetos esportivos. Abrimos um Chamamento Público e a OSC ADES foi a vencedora. Tenho certeza, que essa parceria renderá grandes frutos para a cidade, ampliando a oferta de atividades esportivas e formando novos atletas”, concluiu.
A ADES, desde então, era responsável pelo desenvolvimento de modalidades esportivas como: Voleibol de Quadra, Tênis de Mesa, Natação, Judô, Futsal, Basquetebol, Handebol, Futebol de Campo, Ginástica Artística, Atletismo, Voleibol de Areia, Tênis de Campo, Skate, BMX, Taekwondo Olímpico, Xadrez e Beach Tênis.
Além disso, o contrato previa a prestação de serviços relacionados a atividades recreativas e de caráter socioeducativo. A empresa também era responsável pela manutenção de equipes de alto rendimento nas modalidades de Vôlei de Quadra, Judô, Futsal, Ginástica Artística.
Bragança Paulista, com isso, foi campeã dos Jogos Regionais em 2024, o que nunca tinha acontecido anteriormente na história. A competição foi realizada aqui em Bragança, assim como acontecerá novamente este ano.
“Nós queremos o melhor resultado para Bragança, mas o menor custo possível. Você (secretário de Esportes Paulo Alberti) vai encontrar um jeito de remediar a situação até que haja uma nova licitação ou arrumar um patrocinador para refazer este trabalho”, disse Edmir Chedid durante a coletiva.
Com o rompimento, alunos das escolinhas esportivas foram impactados já nesta quinta-feira (5). E além do fim de atividades, há dúvidas se a ADES irá ou não arcar com os compromissos com seus colaboradores. Nesse sentido, na última prestação de contas da folha da pagamento, a ADES declarava que tinha 36 funcionários em Bragança.
“A Prefeitura vai cumprir o contrato, não vai ter problema para cumprir e pagar o que deve à empresa. Eu não sei se a empresa tem a reserva que ela é obrigada a ter para saudar o compromisso com seus funcionários, acredito que tenha”, ressaltou o prefeito.
“Eu acho que o senhor (secretário de Esportes Paulo Alberti) vai encontrar o caminho de contratar pessoas que possam dar aulas aos jovens, fazendo tudo que ela (a empresa) estava contratada para fazer, de forma diferente, mais econômica. E dando o mesmo resultado”, acrescentou Edmir Chedid.
Logo depois, durante a coletiva, o prefeito classificou os gastos com as modalidades esportivas como desnecessário. “É um custo desnecessário para Bragança Paulista, você gastar mais de R$ 5 milhões por ano neste trabalho. Trazer um título é importantíssimo para Bragança, quero conquistar um outro título neste ano (referindo aos Jogos Regionais), se for possível. Mas não a este custo. Dá para fazer um trabalho muito maior, abrangendo mais pessoas”, finalizou.
O Em Pauta tentou contato com a Agência de Desenvolvimento Econômico Social (ADES) para um posicionamento, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.
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