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Em missão oficial na Europa, Governo de Minas conhece modelo francês de reconversão econômica pós-mineração

Bacia Minerária de Nord-Pas-de-Calais passa por processo para valorizar do patrimônio industrial e cultural após encerramentos de atividades

14/10/2025 às 18h17
Por: Redação Fonte: Secom Minas Gerais
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Aluísio Eduardo / Digital MG
Aluísio Eduardo / Digital MG

A comitiva do Governo de Minas na Europa esteve, nesta terça-feira (14/10), em uma visita oficial à Bacia Minerária de Nord-Pas-de-Calais, especialmente na cidade de Oignies, no Norte da França.

O governador Romeu Zema e os demais integrantes da missão internacional acompanharam a apresentação do projeto de reconversão econômica da região, conduzida pela diretora do programa “Compromisso para a Renovação da Bacia Minerária”, Mélanie Delots.

O chefe do Executivo estadual também esteve com François Xavier Raymond, conselheiro diplomático do Prefeito da região Hauts-de-France, com Fabienne Dupuis, prefeita de Oignies, e outros membros envolvidos na reconversão do local.

Na agenda, foi apresentado o histórico da bacia minerária (de carvão), os desafios enfrentados após o encerramento das atividades e as estratégias adotadas para transformar a região em um polo de turismo, cultura e desenvolvimento sustentável. Entre os exemplos, estão a construção de bibliotecas em áreas de vestiários dos mineiros e até mesmo uma filial do museu do Louvre em um dos prédios mais antigos da área, motivos de orgulho da população local.

Foram apresentadas e discutidas diferentes políticas públicas e sociais voltadas à geração de emprego e renda, incluindo isenções fiscais e obras de infraestrutura, em um processo de reversão pelo fato de que muitas empresas deixaram a região após o fechamento da bacia minerária. 

Outros dois momentos da ida ao local também se destacam: a visita técnica a casas histórias, tombadas, que estão sendo recuperadas e convertidas em moradias sociais ou turísticas em Oignies; e a ida à pilha 110, uma área anteriormente focada em mineração e atualmente reflorestada, onde os franceses realizam atividades físicas, incluindo caminhadas, corridas, ciclismo e passeios com seus animais de estimação.

O governador Romeu Zema traçou paralelos históricos entre o caso visto na França e Minas Gerais, citando desde cidades dos ciclos mais antigos de mineração, como Ouro Preto e Diamantina, que também se tornaram patrimônios e reinventaram suas formas econômicas, até a criação do Inhotim.

“Em Minas Gerais, estamos investindo mais na agricultura. Tanto que, pela primeira vez na história, em 2024, as exportações do agronegócio bateram as da mineração”, lembrou o governador. 

O Governo de Minas buscou, assim, identificar boas práticas que possam ser adaptadas à realidade do estado.

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"Esta região passou, há décadas, por um processo que Minas Gerais estará passando nos próximos 50, 100 anos, quando muitas minas no estado estarão parando de operar. Ficou claro que o pós-mineração, desde que planejado, pode, sim, ter uma solução que venha gerar empregos e desenvolvimento social", afirmou Romeu Zema.

 
  
  

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Além do governador Romeu Zema, integram a comitiva mineira governamental à Europa a secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico , Mila Corrêa da Costa, o secretário adjunto da Casa Civil , Frederico Papatella, o presidente da Invest Minas , Rodrigo Tavares, e o diretor de Atração de Investimentos da agência, Ronaldo Barquette.

Histórico

A Bacia Minerária de Nord-Pas-de-Calais foi o principal centro de mineração da França no século 20, com forte crescimento após a Segunda Guerra Mundial. Com o declínio da atividade nas décadas de 1960 e 1970, e o fechamento da última mina, em 1990, a região iniciou um processo de reconversão, sendo fortalecido pelo reconhecimento de seu patrimônio industrial e cultural. 

Em 2012, a bacia foi determinada como Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), na categoria de Paisagem Cultural Evolutiva, consolidando sua importância.  

Ações em Minas

No fim do ano passado, a Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) disponibilizou o relatório executivo “Recuperação Ambiental das Minas em Processo de Fechamento no Estado de Minas Gerais”. O documento é um conjunto de informações técnicas das áreas mineradas, em recuperação e recuperadas, no estado. 

Para cada mina, foi construída uma ficha técnica, que contém informações da área, como localização, proposta de recuperação e novo uso, e também referentes ao processo administrativo.

Em julho de 2025, a Feam firmou um Acordo de Cooperação Técnica com a Agência Nacional de Mineração (ANM), com foco específico na gestão do fechamento de minas, uma parceria inédita para atuação conjunta nas áreas de mineração e meio ambiente.

O acordo visa promover a cooperação mútua entre as instituições no exercício de suas competências legais, de forma integrada e articulada. 

A Feam vem trabalhando também na construção do “Programa Reconversão Ambiental: Recuperação e Fechamento de Mina no Estado de Minas Gerais”, com o objetivo de garantir a recuperação ambiental de áreas impactadas pela mineração, promovendo a sustentabilidade e a preservação dos recursos naturais.

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